A empresa Grandes Moagens de Angola (GMA) fechou recentemente um acordo com a Cooperativa de Produtores Franceses para a importação de trigo para assegurar a quantidade de matéria-prima necessária ao abastecimento do mercado angolano com farinha até setembro deste ano.
César Rasgado, Administrador da empresa, afirma que “com esta negociação, a GMA tem garantida a importação de trigo suficiente para que não existam ruturas no mercado nacional durante cinco meses e que a matéria-prima agora assegurada também pode vir a ser utilizada pelos parceiros e associados da APFTA [Associação dos Produtores de Farinha de Trigo de Angola]”.
O representante da GMA explica esta postura de mercado flexível, “atendendo à escassez de trigo e ao impacto no preço final do pão – e porque a satisfação das necessidades do consumidor é e continuará a ser o objetivo número um da empresa”.
A empresa afirma ainda a respetiva disponibilidade para, “em conjunto com o Governo e demais parceiros do setor, analisar um conjunto de medidas que contribuam para a estabilização do preço final do pão, um bem de primeira necessidade”.
As soluções possíveis podem passar por subsídios ou subvenções, assim como por um eventual perdão fiscal.
Recorde-se que a GMA tem como atividade principal a produção de farinha de trigo e uma capacidade instalada para produzir até 280.000 toneladas de farinha por ano e que o apoio à produção nacional, através da garantia de escoamento dos produtos fabricados em Angola e do trabalho conjunto com as empresas do setor, tem sido o grande objetivo da GMA nos últimos anos de forma a contribuir para a autossuficiência do mercado angolano.
O assunto foi profusamente noticiado pelos media angolanos: